domingo, 11 de dezembro de 2011

Muricy espanta frio, "espiona" e grava japoneses para semifinal

Jogo da manhã deste domingo definiu que anfitriãos do Japão enfrentarão o Santos. Foto: Getty Images
Jogo da manhã deste domingo definiu que anfitriãos do Japão enfrentarão o Santos
Foto: Getty Images

Pelo segundo jogo consecutivo, o técnico Muricy Ramalho fez questão de deixar o frio de lado e compareceu com boa parte da sua comissão técnica para acompanhar o jogo entre Kashiwa Reysol e Monterrey, que definiu os japoneses como adversário do Santos na estreia do Mundial, na próxima quarta-feira, às 8h30 (horário de Brasília).
Ao lado do auxiliar Tata, do gerente de futebol, Nei Pandolfo, e do analista de futebol, Claudio Grillo, o treinador acompanhou de perto todos os passos pelo time comandado pelo seu grande amigo Nelsinho Batista. O comandante santista, que havia dito que o duelo contra o Auckland não era parâmetro, devido a fragilidade dos neozelandeses, conseguiu ver os pontos fortes e fracos do adversário japonês e deixou isso bem claro com expressões e cochichos ao longo da partida.
Muricy pôde verificar diversas falhas defensivas do Kashiwa na primeira etapa, principalmente nos espaços deixados pelos lados do campo, graças ao apoio dos laterais. Acompanhou de perto também a melhora da equipe na segunda etapa, que conseguiu dar uma guinada no jogo depois que o meia brasileiro Leandro Domingues chamou a responsabilidade do jogo.
Com 1 a 0 no placar, o Kashiwa passou a explorar os contra-ataques com velocidade, característica marcante da equipe. A cada jogada de perigo dos japoneses, o treinador santista conversava com Tata, enquanto também dividia seu tempo para dar autógrafos a jovens torcedores que lhe pediam autógrafos constantemente durante os 90 minutos regulamentares.
Além do bate-papo, o treinador contou com outro recurso para memorizar jogadas e táticas do adversário de quarta. Com uma câmera, Claudio Grillo gravava os rostos dos rivais depois de lances que chamavam a atenção de Muricy. Funcionando como um espião, são das imagens e das percepções de Grillo que saem várias características para a preleção e para a formação da equipe alvinegra para as partidas.
Mais embaixo, dois jogadores que são peça-chaves no time santista também acompanhavam in loco a partida. Com cobertores nas pernas, o zagueiro e capitão Edu Dracena e o meio-campista Paulo Henrique Ganso, se dividiam entre atender os fãs e se ligar no jogo. O grupo não aguentou muito tempo. Antes mesmo do final da prorrogação e da disputa de pênaltis, a delegação santista deixou o estádio. Com uma expressão boa, Muricy parece ter gostado do que viu.

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